quarta-feira, 12 de setembro de 2012


Atividade de produção de texto/ Intertextualidade
Leitura da crônica Detalhes de Luís Fernando Veríssimo 
Helmut e Helga são o porteiro do palácio e a esposa, que vivenciam o conto de fadas com outros olhos.
Esses nomes Alemães se referem a quem? - Ao Green. Isso ao Jacob Green, que ele é a referencia no mundo do conto de fadas, aqui o é Jacob Grimm é o sobrenome, ( Jacob Grimm e Wilhelm Grimm -autores alemães dos contos de fadas infantis). Então a escolha desses nomes foi intencional, do Luis Fernando.
DETALHES
Luis Fernando Veríssimo
O velho porteiro do palácio chega em casa, trêmulo. Como sempre que tem baile no
palácio, sua mulher o espera com café da manhã reforçado. Mas desta vez ele nem
olha para a xícara fumegante, o bolo, a manteiga, as geleias. Vai direto à
aguardente. Atira-se na sua poltrona perto do fogão e toma um longo gole de
bebida, pelo gargalo.
___ Helmuth, o que foi?
___ Espera, Helga. Deixa eu me controlar primeiro.
Toma outro gole de aguardente.
___ Conta, homem! O que houve com você? Aconteceu alguma coisa no baile?
___ Co-começou tudo bem. As pessoas chegando, todo mundo de gala, todos com
convite, tudo direitinho. Sempre tem, é claro, o filhinho de papai sem convite que
quer levar na conversa, mas já estou acostumado. Comigo não tem conversa. De
repente, chega a maior carruagem que eu já vi. Enorme. E toda de ouro. Puxada
por três parelhas de cavalos brancos. Cavalões! Elefantes! De dentro da carruagem,
salta uma dona. Sozinha. Uma beleza. Eu me preparo para barrar a entrada dela
porque mulher desacompanhada não entra no baile do palácio. Mas essa dona tão
bonita, tão sei lá, radiante, que eu não digo nada e deixo ela entrar.
___ Co-começou tudo bem. As pessoas chegando, todo mundo de gala, todos com
convite, tudo direitinho. Sempre tem, é claro, o filhinho de papai sem convite que
quer levar na conversa, mas já estou acostumado. Comigo não tem conversa. De
repente, chega a maior carruagem que eu já vi. Enorme. E toda de ouro. Puxada
por três parelhas de cavalos brancos. Cavalões! Elefantes! De dentro da carruagem,
salta uma dona. Sozinha. Uma beleza. Eu me preparo para barrar a entrada dela
porque mulher desacompanhada não entra no baile do palácio. Mas essa dona tão
bonita, tão sei lá, radiante, que eu não digo nada e deixo ela entrar.
___ Bom, Helmuth. Até aí...
___ Espera. O baile continua. Tudo normal. Às vezes rola um bêbado pela
escadaria, mas nada de mais. E então bate a meia-noite. Há um rebuliço na porta do
palácio. Olho para trás e vejo uma mulher maltrapilha que desce pela escadaria,
correndo. Ela perde uma sapato. E o príncipe atrás dela.
___ Bom, Helmuth. Até aí...
___ Espera. O baile continua. Tudo normal. Às vezes rola um bêbado pela
escadaria, mas nada de mais. E então bate a meia-noite. Há um rebuliço na porta do
palácio. Olho para trás e vejo uma mulher maltrapilha que desce pela escadaria,
correndo. Ela perde uma sapato. E o príncipe atrás dela.
___ O príncipe?
___ Ele mesmo. E gritando para mim segurar a esfarrapada. “Segura! Segura!” Me
preparo para segura-la quando ouço uma espécie de “vum” acompanhado de um
clarão. Me viro e...
___ E o quê, meu Deus?
O porteiro esvazia a garrafa com um último gole.
___ Você não vai acreditar.
___ O príncipe?
___ Ele mesmo. E gritando para mim segurar a esfarrapada. “Segura! Segura!” Me
preparo para segura-la quando ouço uma espécie de “vum” acompanhado de um
clarão. Me viro e...
___ E o quê, meu Deus? 186
O porteiro esvazia a garrafa com um último gole.
___ Você não vai acreditar.
___ Conta!
___ A tal carruagem. A de ouro. Tinha se transformado numa abóbora.
___ Numa o quê?
___ Eu disse que você não ia acreditar.
___ Uma abóbora?
___ E os cavalos em ratos.
___ Helmuth...
___ Não tem mais aguardente?
___ Acho que você já bebeu demais por hoje.
___ Juro que não bebi nada!
___ Esse trabalho no palácio está acabando com você, Helmuth. Pede para ser
transferido para o almoxarifado.
VERÍSSIMO, L. F. O analista de Bagé. 100. ed. Porto Alegre: L&P Editore

Seguindo a ideia de Veríssimo os alunos da 8ª2 produziram os textos abaixo:



Eu acredito em crianças voando...
          Chegava em casa, depois do trabalho e escuto barulhos estranhos, olho em direção ao céu e observo duas crianças  voando, acho que é loucura minha , mas elas me dão "tchau".
          Entro, e comento com meu marido e ele diz :
         - Você está louca mulher, vai dormir !
          Em vez disso, ligo para a vizinha conto o que vi e ela também diz que eu estou louca.Continuo contando, conto para o bairro inteiro  e ninguém acredita, mas, eu tenho certeza do que vi. Então, todos acham que eu estou louca, e no mesmo momento dois homens me vestem uma camisa de força e me levam para o hospício. Eu grito... o mais alto que posso e continuo acreditando no que vi.
         - Eu acredito em crianças voando, eu acredito em criancas voando, eu acredito em crianças voando... 
De: Andriélly Kogut de Souza e Julia Helena (8ºsérie 2) 

Nenhum comentário:

Postar um comentário