quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Oficinas de Artigo de Opinião Olimpíadas da Língua Portuguesa
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Oficinas de Crônicas Olimpíada da Língua Portuguesa:






quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Escrita Coletiva / Crônicas
                              Da varanda, tudo e nada.
Ela temia o que ainda não vira, mas, que já vivera. Morava em Porto União desde 83, a época da maior enchente já vista em SC. E agora com medo, achava que vivenciaria tudo novamente. Chovia muito e o pressentimento e a angústia tomavam seu ser. Entretanto, adiava o momento de ir até a varanda. Fez um café e colocou-o em sua xícara predileta, o café quente serviu para acalma-la, distraí-la do que temia ver. Olhou pela janela, a chuva parara e a esperança de que agora estava tudo bem, renasceu. Tomada de coragem foi até a porta, parou por um momento, suspirou. Confiante abriu a porta e deu alguns passos, foi quando um mar de água doce a surpreendeu e a tristeza a tomou, ficou alguns minutos sem reação, apenas apoiada na varanda olhando o tudo e o nada. (8ª série 2)

Solidão a dois
         A tarde caia vagarosamente, eles chegaram ao mirante famoso por ser um local de encontros de apaixonados de onde o rio Iguaçu se exibe lindo,procuravam alguns minutos de sossego e solidão "a dois", ao descerem do carro percebem que isso seria impossível, o mirante estava cheio de casais com a mesma ideia, já apreciando a bela paisagem.
         Eles caminham alguns passos e percebem que não há o sossego esperado, nem a paisagem parece tão bela, o céu escurece mais do que o normal, a noite despencara ou uma chuva era anunciada? De repente a segunda opção começa a cair vigorosamente, os casais correm para seus carros e vão embora dali,dando a eles a oportunidade perfeita.
         Eles ficam ali parados, olhando o rio, a chuva, os olhos...a solidão a dois estava perfeita, ah! Como é bela a vista do mirante com chuva.  (1ª série 2 EM)


                             
                                       Voos da Memória 
A tarde estava nublada, entretanto não parecia que ia chover. Ela arrumara os cabelos cuidadosamente como na época em que trabalhava no aeroporto, sim a pequena União da Vitória já teve um aeroporto que funcionava e bem. O marido deu o braço e saíram, o objetivo era passear no aeroporto para ver como estava, a chuva os surpreendeu, raios e trovões cortavam o céu, o passeio teve de ser abandonado, mas o passado estava ali guardado nas gavetas do porão, retiraram fotos antigas, remexeram velhas lembranças, apesar da chuva assustadora que destelhava casas lá fora, ali dentro o clima era de nostalgia,  ali eles estavam em 1959, nas fotos, aviões, aeroporto e pessoas que trabalhavam nele, de repente a chuva forte causa um apagão que os trás para o presente, então perceberam o temporal que caia lá fora.­­ –Mais uma xícara de chá –Disse ela com carinho –Por Favor –Disse ele –Pois por hora o aeroporto está fechado para pousos e decolagens. ( 1ª série 3 EM)


Reflexo do desespero
Trovões e raios iluminaram minha noite, quase não dormi a preocupação tomava meu ser, o Rio Iguaçu já estava muito cheio e com toda a chuva que caíra com certeza suas águas já beiravam meu portão, o dia já estava amanhecendo a chuva acalmara mas ainda de leve batia em minha janela, o medo de sair confrontava com a vontade de ver se a água já estava perto de minha casa, os objetos que eu tanto amava estavam organizados em caixas esperando pelo pior.
Cheia de coragem abro a porta e vou até a varanda e dela não vejo, cachorros passando com seus donos, as belas margaridas balançantes ao vento crianças brincando na pracinha em vez de tudo isso água, muita água, água por todo lado e gente que tomada pelo desespero retirava seus móveis e pertences, olho para baixo e vejo meu rosto angustiado refletido na água, fico ali um longo tempo  pensando em como seria quando tudo acabasse. (1ª série 1 EM)