quinta-feira, 5 de dezembro de 2024

A batalha contra o elevador lento
Desde que mudei para este prédio comecei a entender o conceito de paciência. Tudo por causa do elevador. Ele não é só lento ele é quase filosófico, como se refletisse sobre a vida antes de decidir ir ao próximo andar. De manhã, enquanto eu estou com pressa ele parece estar de férias. Aperto o botão com fé, achando que isso vai fazê-lo andar mais rápido. Spoiler: não faz. Tentei de tudo. Apertei os botões feito louca, tentei um papo motivacional “vai amigão você consegue” e nada. Ele segue no mesmo ritmo preguiçoso, como se dissesse “você que lute”. Certo dia, atrasadíssima, ele parou no terceiro andar e não saiu do lugar por uns cinco minutos. Acho que, naquele momento, aceitei meu destino. Respirei fundo e comecei a rir sozinha. A galera do andar deve ter achado que eu enlouqueci. Hoje, eu e o elevador temos um acordo: ele continua lento, e eu uso o tempo para escutar uma música ou dar uma olhada nos memes. Quem diria, até gosto disso. Afinal, se a vida é uma corrida, talvez seja bom ter alguém ou algo para me lembrar de desacelerar. Aluna do 9º2 Emilly Victoria da Silva De Oliveira
Iguaçu : benção ou castigo?
Dona Margarida, 72 anos, morava sozinha em uma casinha perto do rio, em União da Vitória. Gostava de ficar na janela, vendo o movimento dos carros e das águas. Para ela, o rio era como um amigo, sempre muito calmo e confiável mas, em outubro de 2023, esse amigo transformou-se. As chuvas começaram e não pararam mais. Em poucos dias, a água já tomava conta dos degraus da escada. Dona Margarida, teimosa, achava que era como das outras vezes. Mas, quando a água invadiu a sala, entendeu que precisava sair. Seus vizinhos chegaram com um bote improvisado. -Vamos Dona Margarida! Não da mais pra ficar!. Ela olhou ao redor, relutante. Pegou sua bolsa, o que havia de mais importante os documentos. Partiu com o coração partido ao ver sua casa sumir embaixo das águas. No abrigo, encontrou pessoas que assim como ela, tinham perdido tudo. Apesar da tristeza, viu solidariedade em cada canto. Dias depois, quando as águas baixaram, voltou para casa. A lama cobria tudo. Mas Dona Margarida respirou fundo e disse: -Vou recomeçar. E assim fez, com a fé de quem nunca deixa de acreditar e sabe que o rio é uma benção mas pode tornar-se um castigo. Aluno do 9º 3 Lucas Gabriel Correia Belinski

terça-feira, 26 de novembro de 2024

      Concurso de Poesia e Sarau Literário

As turmas de Prática de multiletramento no Campo Artístico Literário, 1ª1, 2, 3 e 4  promoveram um Concurso de Poesia e Sarau literário com o tema “Meio Ambiente em crise - Planeta ameaçado”, os alunos do fundamental 1, semearam belas palavras e colheram lindas poesias.

Obrigada a todos os alunos  que participaram, fazendo com que o projeto fosse um sucesso

Tivemos duas categorias  A: 5º e 6º ano e B: 7º e 8º

Foram vencedores (as):

CATEGORIA “A”

1º Sophie Caroline Jasko 6º1

2º Maria Fernanda Volhanik 5º1

3ºJoaquim Leandro de Souza 6º1

CATEGORIA “B”

1º Maria Cláudia de Souza 7°1

2º Raissa Padilha de Campos 8º1

3ºMaria Victória Brautigan de Souza 8º1















(Fotos de Luana Santin e Nicole Moreira)

terça-feira, 19 de novembro de 2024

 


Oficina de escrita coletiva de crônica / 9º ano 1 /2024

                                      (Observação de fotografias do inusitado)             

O Monge e o Mar

Nas montanhas gélidas do Himalaia vivia Xing Ling, um homem com alma de monge mas com o sonho de ser um surfista.

Em sua existência possuía a mansidão do lago mas também o agito do mar, por isso não se contentava completamente com sua vocação

 No silêncio de sua meditação, vinha o barulho do mar e o som das ondas a soar em seus ouvidos, distraindo-o, como uma criança com uma concha no ouvido

Um dia o movimento do mar em suas veias ganhou força e o empurrou com o mínimo necessário para aquela aventura, naquele momento o mar venceu o lago.

Já envolvido com o clima tropical, Xing descobriu a perfeita harmonia entre dois opostos, a calma habitou seu ser e a fúria do mar o incentivou a pregar o budismo para todos, mas sempre com um tempo livre para praticar o surf.

( texto escrito coletivamente com registro no quadro)


 

Oficina de escrita coletiva de crônica / 9º ano 2 /2024

            (Observação de fotografias do inusitado)             


A orquestra dos sonhos 


Um sonhador, Dom sempre fora apaixonado pela música, atividade que tomava grande parte de sua vida. No chuveiro, música, indo à escola, música...

Desde pequeno Dom tinha um sonho, ser flautista em uma grande orquestra, mas sua condição financeira não o ajudava.

Enquanto a oportunidade não chegava ele andava alegrando a quebrada onde morava distribuindo música pelas ruas.

Enquanto andava tocando sua flauta percebia que as pessoas não davam muito valor para as músicas dele preferiam a batida do funk.

Um dia um tanto desanimado Dom sentou-se em frente a uma casa pensando em seu futuro quando vê um simpático gatinho hipnotizado com sua música, o garoto então percebe que tem o dom de tocar corações com suas melodias e que não pode abandonar seu sonho.

( texto escrito coletivamente com registro no quadro)

segunda-feira, 18 de novembro de 2024

 


Oficina de escrita coletiva de crônica / 9º ano 3 /2024
(Observação de fotografias do inusitado)

 Ursos de galho em galho

        A água a princípio subia vagarosamente, na velocidade do caminhar dos ursos pardos, entretanto alguns pássaros já começavam a migrar percebendo que algo mais grave poderia ocorrer.
        Outros animais também começaram a perceber a gravidade e o desespero instaurou-se, pequenas raposas corriam desajeitadas pela floresta. Um urubu mensageiro alertava aos berros -fujam! Salvem-se.
        Enquanto isso um grupo de pequeninos ursos pardos divertia-se com favos deliciosos e dourados de mel ignorando a mensagem da natureza.
        Repentinamente as patinhas encontraram a água da enchente e a alegria que sentiam com os favos de ouro desapareceu e deu lugar ao desespero. E o que se viu foi medo e ansiedade - Esse galho é meu. -Saia daqui, vamos cair!.                       Discussão que não durou muito tempo, pois,  a água abaixou rapidamente, era água de enxurrada que veio e foi muito rápido e os ursos estavam livres para descer.
      Todos as filhotes tiveram esta ideia na mesma hora e pularam dos galhos ao mesmo tempo formando um amontoado de ursinhos pardos, um pouco menos assustados e um pouco mais ligados aos sinais da natureza.

( texto escrito coletivamente com registro no quadro)




domingo, 17 de novembro de 2024

 “Uma imagem vale mais que mil palavras” Confúcio

FOTODENÚNCIA 

 Você já ouviu o ditado popular “Uma imagem vale mais que mil palavras”? Essa é uma expressão popular de autoria do filósofo chinês Confúcio, utilizada para transmitir a ideia do poder da comunicação através das imagens. O significado desse ditado está relacionado à facilidade em compreender determinada situação a partir do uso de recursos visuais, ou à facilidade de explicar algo com imagens, ao invés de palavras (sejam escritas ou faladas). O pensador político e filósofo Confúcio (Chiu Kung era seu verdadeiro nome) viveu entre 552 e 479 a.C, e ficou conhecido como o Mestre Kung, devido aos seus sábios provérbios. Quando Confúcio fez essa afirmação, ele estava se referindo às formas de comunicação simbólicas. Estas formavam imagens que expressavam muito mais do que palavras. Atualmente, esta é uma frase muito explorada pela publicidade e propaganda, no sentido de ser a comunicação visual muito mais apelativa e explicativa do que a descrição ou narração de fatos. Neste contexto, o estudo da semiótica é crucial para a interpretação e analise das imagens como transmissoras de mensagens, conceitos e informações. Disponível em: https://www.significados.com.br/uma-imagem-vale-mais-que-mil-palavras/ Acesso: 18, jun. 2021. (Adaptado)

Cachorros abandonados- nas ruas- foto de Carla Luiza Mello

                                               Lixo em esquinas- foto de Gabriele  Andreiu e Milena B. de Oliveira


                    Lixo em terrenos baldios- foto de Gabriele  Andreiu e Milena B. de Oliveira                     
                                                    Pichação- foto de Yago Jonathan Naconetckny
                                              Pinheiral recupera-se do fogo- foto de Ana Luiza Marinho

( Fotografias tiradas em Porto União- SC e União da Vitória- PR)