terça-feira, 19 de novembro de 2024

 


Oficina de escrita coletiva de crônica / 9º ano 1 /2024

                                      (Observação de fotografias do inusitado)             

O Monge e o Mar

Nas montanhas gélidas do Himalaia vivia Xing Ling, um homem com alma de monge mas com o sonho de ser um surfista.

Em sua existência possuía a mansidão do lago mas também o agito do mar, por isso não se contentava completamente com sua vocação

 No silêncio de sua meditação, vinha o barulho do mar e o som das ondas a soar em seus ouvidos, distraindo-o, como uma criança com uma concha no ouvido

Um dia o movimento do mar em suas veias ganhou força e o empurrou com o mínimo necessário para aquela aventura, naquele momento o mar venceu o lago.

Já envolvido com o clima tropical, Xing descobriu a perfeita harmonia entre dois opostos, a calma habitou seu ser e a fúria do mar o incentivou a pregar o budismo para todos, mas sempre com um tempo livre para praticar o surf.

( texto escrito coletivamente com registro no quadro)


 

Oficina de escrita coletiva de crônica / 9º ano 2 /2024

            (Observação de fotografias do inusitado)             


A orquestra dos sonhos 


Um sonhador, Dom sempre fora apaixonado pela música, atividade que tomava grande parte de sua vida. No chuveiro, música, indo à escola, música...

Desde pequeno Dom tinha um sonho, ser flautista em uma grande orquestra, mas sua condição financeira não o ajudava.

Enquanto a oportunidade não chegava ele andava alegrando a quebrada onde morava distribuindo música pelas ruas.

Enquanto andava tocando sua flauta percebia que as pessoas não davam muito valor para as músicas dele preferiam a batida do funk.

Um dia um tanto desanimado Dom sentou-se em frente a uma casa pensando em seu futuro quando vê um simpático gatinho hipnotizado com sua música, o garoto então percebe que tem o dom de tocar corações com suas melodias e que não pode abandonar seu sonho.

( texto escrito coletivamente com registro no quadro)

segunda-feira, 18 de novembro de 2024

 


Oficina de escrita coletiva de crônica / 9º ano 3 /2024
(Observação de fotografias do inusitado)

 Ursos de galho em galho

        A água a princípio subia vagarosamente, na velocidade do caminhar dos ursos pardos, entretanto alguns pássaros já começavam a migrar percebendo que algo mais grave poderia ocorrer.
        Outros animais também começaram a perceber a gravidade e o desespero instaurou-se, pequenas raposas corriam desajeitadas pela floresta. Um urubu mensageiro alertava aos berros -fujam! Salvem-se.
        Enquanto isso um grupo de pequeninos ursos pardos divertia-se com favos deliciosos e dourados de mel ignorando a mensagem da natureza.
        Repentinamente as patinhas encontraram a água da enchente e a alegria que sentiam com os favos de ouro desapareceu e deu lugar ao desespero. E o que se viu foi medo e ansiedade - Esse galho é meu. -Saia daqui, vamos cair!.                       Discussão que não durou muito tempo, pois,  a água abaixou rapidamente, era água de enxurrada que veio e foi muito rápido e os ursos estavam livres para descer.
      Todos as filhotes tiveram esta ideia na mesma hora e pularam dos galhos ao mesmo tempo formando um amontoado de ursinhos pardos, um pouco menos assustados e um pouco mais ligados aos sinais da natureza.

( texto escrito coletivamente com registro no quadro)




domingo, 17 de novembro de 2024

 “Uma imagem vale mais que mil palavras” Confúcio

FOTODENÚNCIA 

 Você já ouviu o ditado popular “Uma imagem vale mais que mil palavras”? Essa é uma expressão popular de autoria do filósofo chinês Confúcio, utilizada para transmitir a ideia do poder da comunicação através das imagens. O significado desse ditado está relacionado à facilidade em compreender determinada situação a partir do uso de recursos visuais, ou à facilidade de explicar algo com imagens, ao invés de palavras (sejam escritas ou faladas). O pensador político e filósofo Confúcio (Chiu Kung era seu verdadeiro nome) viveu entre 552 e 479 a.C, e ficou conhecido como o Mestre Kung, devido aos seus sábios provérbios. Quando Confúcio fez essa afirmação, ele estava se referindo às formas de comunicação simbólicas. Estas formavam imagens que expressavam muito mais do que palavras. Atualmente, esta é uma frase muito explorada pela publicidade e propaganda, no sentido de ser a comunicação visual muito mais apelativa e explicativa do que a descrição ou narração de fatos. Neste contexto, o estudo da semiótica é crucial para a interpretação e analise das imagens como transmissoras de mensagens, conceitos e informações. Disponível em: https://www.significados.com.br/uma-imagem-vale-mais-que-mil-palavras/ Acesso: 18, jun. 2021. (Adaptado)

Cachorros abandonados- nas ruas- foto de Carla Luiza Mello

                                               Lixo em esquinas- foto de Gabriele  Andreiu e Milena B. de Oliveira


                    Lixo em terrenos baldios- foto de Gabriele  Andreiu e Milena B. de Oliveira                     
                                                    Pichação- foto de Yago Jonathan Naconetckny
                                              Pinheiral recupera-se do fogo- foto de Ana Luiza Marinho

( Fotografias tiradas em Porto União- SC e União da Vitória- PR)

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Semana de 22

Semana da Arte Moderna: 
Diário

Lá estava eu em São Paulo, na “flor” da idade e ainda começando a vida, ano de 1922 que estava apenas começando mas que aguardava várias emoções; Fevereiro dizia o convite que tinha em mãos, seria a Semana da Arte Moderna intitulada como a tão esperada “Semana 22”, só sabíamos que era um grande evento e que surgiu com a ideia da independência cultural brasileira e neste evento estariam presentes grandes artistas da época, como Anita Malfatti, Di Cavalcanti, Villa-Lobos, Oswald de Andrade entre outros destaques.
            Chegou o grande dia, Teatro Municipal lotado, todos ansiosos para descobrir a tal semana 22. Já na leitura de um poema de nome Os Sapos o clima mudou, o poema de Manuel Bandeira foi declamado por Ronald de Carvalho, ou melhor a tentativa do mesmo ser declamado, pois os presentes assim como eu, achamos ridículo de princípio, sem rimas, sem todo o “clima poético” e vaiamos sem dar a oportunidade de seu término. Mas os rompantes modernistas não pararam por aí, nesses três dias de eventos poderiam voltar a ocorrer. Dia 17 da Semana 22, esperava pela apresentação musical de Villa-Lobos, para minha surpresa e para os demais presentes, ele se apresentou calçando em um pé um sapato, e em outro um chinelo, como é de se esperar gerou revoltas e desentendimentos pois tudo acabou se originando por causa de um calo. Como desde o início, a semana estava incompreendida, fomos surpreendidos pela notícia de que Monteiro Lobato negou -se a participar do evento por ter ideias estrangeiras ou quem sabe temia que acabassem com o sentido das obras até então padronizadas, e assim encerrava-se a semana de 22.
            Após fechar o diário escrito a 94 anos por minha vó, tenho uma noção do quão incompreendida foi a Semana de Arte Moderna para a época, mas que mal se esperava que se  tornasse fundamental para a nossa cultura atual, tudo isso me levou a querer viajar no tempo para poder viver esta semana...

             Marciele Vergopolan dos Santos /3ª1 E.M / 2016
Resultado de imagem para semana de arte moderna de 1922
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terça-feira, 14 de maio de 2013

Asking for directions

Depois de um tempo fora do ar... com relação ao blog pelo menos, retorno com uma atividade de Inglês, Asking for directions desenvolvida com o 7º ano 2 M, diálogos criados, ensaios e gravações... vídeo montado, assistimos na sala e posto agora no blog:

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Textos selecionados para Olimpíada da Língua Portuguesa, Artigo de Opinião e Crônica


O Artigo de Opinião  "O Silêncio da Dor" de Eliane Vanessa  Colita  nos levou até a Etapa Semifinal em Belo Horizonte, e a crônica " Querido Barranco" de  Luiz Gustavo A. Pereira foi até a etapa estadual:



O silêncio da Dor
Situada no extremo norte do estado de Santa Catarina, Porto União é uma cidade que vem se desenvolvendo rapidamente. É comum vermos a construção de muitos edifícios, um grande terminal rodoviário foi finalizado, boas escolas com altos padrões de ensino, um lugar tranquilo, ótimo para se viver. Porém, um problema visível e grave rodeia a cidade, problema este que já faz parte da sociedade brasileira, mas não era comum aqui em Porto União: o problema inquietante da dependência química entre crianças e adolescentes.
Segundo dados do CAPS do município (Centro de Atenção Psicossocial) que realiza atividades de resgate para jovens que buscam tratamento para deixar o vício, o número é de três homens e duas mulheres entre 15 e 20 anos em tratamento no município, no momento. Um número baixíssimo que não indica a realidade de usuários nas ruas que sem dúvidas é centenas de vezes maior. O Sistema Único de Saúde (SUS) de Porto União não faz um controle específico de entrada de pacientes nessa faixa etária dependentes de álcool e drogas buscando atendimento; portanto, não se tem uma porcentagem exata de complicações pelo uso de entorpecentes entre jovens na cidade.
De acordo com a funcionária do CAPS, Sandra Martini de Lima, “é necessária uma campanha para que os jovens procurem o CAPS para tratar-se. Ressaltou ainda que a prevenção e o tratamento de crianças e adolescentes que usam algum tipo de entorpecente é muito complexo, pois na idade dos 12 aos 20, o jovem acha que “com ele nada vai acontecer”, que usando algumas vezes não se tornará dependente de droga. Outro agravante é a dificuldade de lidar com jovens no sentido de encontrar algo que chame sua atenção ou que os faça gostar do tratamento para não abandoná-lo, e também que não se deve culpá-los pela dependência”.
É lamentável ver nas ruas da cidade crianças com seu corpo ainda em formação manchando sua inocência e adolescentes deixando de frequentar a escola, destruindo o caminho, destruindo sonhos com as drogas, fato hoje comum nas ruas e clubes do município. A ajuda é necessária para que o futuro desses jovens não seja de dor com as diversas consequências que o uso das drogas causa.
Em primeiro lugar, é essencial a reestruturação familiar. Com a modernização da sociedade, os pais estão cada vez mais ausentes na vida dos filhos, não procuram saber se o filho vai bem na escola ou quais são as suas companhias. Muitas vezes, não dão ao menos um abraço ou a chance de uma conversa. Esse problema é nacional. Outros fatores são a falta de informações sobre o resultado do uso e a demora na procura por atendimento especializado.
Enfim, devemos mudar nosso pensamento, pois temos um grande problema. Mesmo vivendo em uma cidade pequena, é preciso enfrentá-lo, é preciso remover os obstáculos a nossa volta, fortalecer o diálogo. Assim, a população conhecerá os efeitos das drogas e os adolescentes terão armas para defender-se desse mal. Não devemos deixar que o silêncio dessas crianças e desses adolescentes ecoe em nossos ouvidos. ( Eliane Vanessa Colita aluna da 2ª série 4 da EEB Cel Cid Gonzaga- Porto União SC)
Querido barranco
Final de tarde em Porto União, o sinal significa que estamos livres da escola, o portão principal é nosso ponto de encontro. Todos reunidos partimos rapidamente em direção a nossas casas, apenas um breve oi, joga-se a mochila em cima da cama, tira-se o uniforme, veste-se o calção, chinelo e retira-se debaixo da cama a bola, velha, murcha, faltando alguns “gomos”, porém o mais importante é a diversão. Todos prontos subimos até o famoso barranco, um campinho de terra com duas traves de madeira e muitas histórias. Os dois times já separados fazem a bola rolar, dentre risos, gritos e gols, surgem algumas brigas, que servem apenas para deixar o jogo mais divertido. O que menos importa é o placar, o que vale é a diversão. Enquanto a gente joga nem percebe que o tempo passa, que o sol está se pondo e nosso tempo acabando. Quando o sol desaparece e a escuridão toma conta, paramos diante a impossibilidade de se ver a bola e assim por mais um dia a lua surge para dar apito final a nosso jogo. Vamos embora já com o pensamento no dia seguinte, não sabemos se amanhã as máquinas não terão invadido nosso querido barranco, pois os lotes estão todos vendidos então esse sim seria o apito final definitivo a este espaço que já divertiu três gerações. ( Luiz Gustavo A. Pereira)